LUZIA M. SATTIN
( BRASIL – SÃO PAULO )
De Cachoeira Paulista, SP.
ANUÁRIO DA POESIA BRASILEIRA 1995. Organizador : Laís Costa Velho. Rio de Janeiro: CODPOE – Cooperativa de Poetas e Escritores, 1995. 116 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
POETA SONHADOR
Sou poeta sonhador
Neste mundo sem amor
Minha casa é o meu carro.
Meu teto é uma copa-cabana.
Minha família são os meus cachorros.
Sou filha do sol com a mãe lua.
Meus filhos são os meus alunos.
Filhos da arte de uma boa educação.
Minha fé são os meus pensamentos.
Meu corpo é o meu templo.
A minha grande paixão é o mundo.
Sou filha da mãe natureza.
És um templo de toda a beleza.
Aonde será minha alma gêmea.
O casamento só dos Deuses.
O ascender de todos os fogos.
O sentimento de nossos ares.
O despertar de nossa terra.
O encontro de todas as águas.
O despertar de nossos espíritos.
O encontro de nossas almas.
O voar de todos os pássaros.
O crescer de todas as árvores.
O nascer de um tempo novo.
No lado positivo desta poesia.
Sou uma pessoa sozinha, mas livre.
O meu lar são as estrelas.
Onde minha mente passa no céu.
Minhas passagens de Ano em Copacabana.
Eu, Deus, o mar e o infinito.
A minha vida é uma bela avenida.
Numa serena brisa de liberdade.
As águas levam as escritas dos dias.
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ANTOLOGIA DEL SECCHI, 2005 Volume XV, Rio de Janeiro: 328 p. 14 x 21 cm ISBN 85-8649-14-3 No. 10 231
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro) Brito, Brasília, novembro de 2024.
MÁGICA TESOURA
Desce o caboclo ventania,
Cuida bem desse aparelho,
Ares do sul para a poesia,
Corta a maldade, espelho.
Descem os caboclos do agreste,
Traz excelente ares para mim,
Vem do norte, sul, leste, oeste,
Toda essa encruza porá um fim,
Descem rio, relâmpago e trovão.
Da narina traz sempre bom cheiro,
Cala essa latrina do xereta vulcão.
Desce passagem magma cativeiro,
Ashé para todo o povo de devoção,
No universo tem todo seu estaleiro.
VERSOS
Saravá para todos os santos,
Direita, esquerda, frente, atrás,
Vem abençoar esse teu canto,
A todos os versos de São Braz.
—:—
Ashé, Saravá do meu ogum,
Protejo-te com grande lança,
Toda a espada vale por um,
Venho alegrar essa dança.
—+—
Vai comer esse mineirinho,
Dentro dessa nossa padaria,
Saiu na hora, está quentinho,
Para o comércio desse dia.”
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Página ampliada e republicada em dezembro de 2024.
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Página publicada em agosto de 2023
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